A obesidade é uma condição que vai muito além da estética: ela pode impactar diretamente a saúde reprodutiva de homens e mulheres. Afinal, o excesso de gordura corporal está relacionado a desequilíbrios hormonais, inflamações crônicas e alterações no funcionamento dos órgãos reprodutores.
Então, neste artigo, explicamos de forma clara e objetiva como a obesidade pode afetar as chances de uma gravidez natural ou por fertilização in vitro (FIV).
Como a obesidade afeta a fertilidade feminina?
Nas mulheres, o excesso de peso pode desregular o ciclo menstrual, dificultar a ovulação e alterar o funcionamento dos ovários. Esses fatores reduzem as chances de concepção, mesmo em mulheres jovens.
Algumas das principais alterações observadas:
- Ciclos anovulatórios: a ovulação pode não ocorrer de forma regular, ou mesmo deixar de acontecer.
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP): há uma relação direta entre obesidade e agravamento da SOP.
- Endométrio comprometido: o revestimento do útero pode não estar em condições ideais para a implantação do embrião.
Além disso, mulheres obesas têm maior risco de complicações na gestação, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro.
E a fertilidade masculina?
Engana-se quem pensa que o impacto da obesidade se restringe às mulheres. Nos homens, o excesso de gordura pode interferir na produção de testosterona, prejudicar a espermatogênese e afetar a qualidade do sêmen.
Assim, consequências comuns incluem:
- Redução da contagem de espermatozoides
- Diminuição da motilidade espermática (movimento)
- Aumento da fragmentação do DNA espermático
- Maior risco de disfunção erétil
Estudos apontam que homens com IMC elevado têm menor chance de gerar uma gestação, mesmo com tratamentos como a FIV.
É possível melhorar a fertilidade com a perda de peso?
Sim. A boa notícia é que a perda de peso, mesmo que moderada (entre 5% a 10% do peso corporal), pode melhorar significativamente os parâmetros reprodutivos. Em muitos casos, essa mudança já é suficiente para restaurar a ovulação e melhorar a qualidade do sêmen.
A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento com endocrinologista e nutricionista, pode ser determinante.
Obesidade e tratamentos de reprodução assistida
Pessoas com obesidade podem recorrer à reprodução assistida com bons resultados, mas é importante saber que a condição pode:
- Exigir doses maiores de medicação para estimulação ovariana;
- Reduzir taxas de implantação embrionária;
- Aumentar risco de aborto espontâneo;
- Diminuir a resposta ao tratamento hormonal.
Por isso, um preparo individualizado, com avaliação metabólica e hormonal completa, é essencial antes do início do tratamento.
A obesidade é um fator importante a ser considerado quando falamos em fertilidade. Tanto em homens quanto em mulheres, ela pode comprometer a capacidade reprodutiva e reduzir a eficácia dos tratamentos.
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