Biópsia embrionária: o que é, como é feita e quais são os benefícios

Postado na categoria Notícias em e atualizado em 27/11/2023

A biópsia embrionária é um procedimento que consiste em retirar algumas células de um embrião, para analisar o seu material genético. Essa análise pode detectar possíveis alterações cromossômicas ou doenças genéticas que podem comprometer o desenvolvimento do embrião ou a saúde do futuro bebê.

Neste post, vamos explicar o que é a biópsia embrionária, como ela é feita e quais são os benefícios desse exame para os casais que optam pela fertilização in vitro (FIV).

O que é a biópsia embrionária?

A biópsia embrionária é um exame complementar que pode ser realizado durante o tratamento de FIV, antes da transferência do embrião para o útero da mulher. O objetivo é avaliar a qualidade e a viabilidade do embrião, e selecionar os que têm mais chances de gerar uma gravidez saudável.

A biópsia embrionária pode ser indicada para casais que têm algum fator de risco para alterações genéticas, como:

  • Idade materna avançada (acima de 40 anos)
  • Histórico de abortos de repetição
  • Histórico de falhas de implantação
  • Histórico de doenças genéticas na família
  • Desejo de evitar a transmissão de uma doença genética específica

Como é feita a biópsia embrionária?

A biópsia embrionária é feita em um laboratório especializado, com o auxílio de um microscópio e de uma pipeta fina. O procedimento, atualmente, é  realizado no estágio do desenvolvimento embrionário chamado blastocisto, atingido até o quinto ou sexto dia de cultivo, quando apresenta mais de 120 células.

Após a retirada das células, o embrião é mantido congelado, enquanto as células são enviadas para um laboratório de genética, onde serão analisadas pela  técnica NGS (sequenciamento de nova geração): detecta alterações no número e na sequência de todos os cromossomos, como mutações pontuais, inserções, inversões, etc.

Os resultados da análise genética podem demorar alguns dias para ficarem prontos. Nesse período, os embriões ficam congelados por vitrificação, para serem transferidos posteriormente.

 

Quais são os benefícios da biópsia embrionária?

A biópsia embrionária pode trazer vários benefícios para os casais que optam pela FIV, como:

  • Aumentar as chances de sucesso da FIV, ao selecionar os embriões mais saudáveis e compatíveis com o útero da mulher.
  • Reduzir as chances de aborto espontâneo, ao evitar a transferência de embriões com alterações cromossômicas que podem inviabilizar a gravidez.
  • Prevenir o nascimento de bebês com doenças genéticas graves, ao identificar e descartar os embriões que apresentam essas condições. 

Os dois primeiros benefícios são questionáveis, segundo a literatura médica atual. Deste modo, cada caso deve ser discutido com o seu médico responsável.

A biópsia embrionária é segura?

A biópsia embrionária é um procedimento seguro, que não causa danos significativos ao embrião, nem interfere no seu desenvolvimento. A retirada algumas células não compromete a capacidade do embrião de se multiplicar e se diferenciar, nem afeta a sua qualidade ou viabilidade.

No entanto, a biópsia embrionária não é isenta de riscos ou limitações, como:

  • Possibilidade de erro ou falha na análise genética, que pode levar a um diagnóstico falso positivo ou falso negativo, ou a uma inconclusividade do resultado.
  • Possibilidade de mosaicismo embrionário, que é a presença de células com diferentes composições cromossômicas no mesmo embrião, o que pode dificultar a interpretação do resultado.
  • Possibilidade de efeitos adversos a longo prazo, que ainda não são totalmente conhecidos, como alterações epigenéticas, metabólicas ou imunológicas no embrião ou no bebê.

Por isso, a biópsia embrionária deve ser realizada por profissionais qualificados e experientes, e com o consentimento informado do casal, que deve estar ciente dos benefícios e dos riscos do procedimento.

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